Fred, com sete gols marcados, foi o artilheiro do Fluminense. Wellington Nem, a revelação. Na reta final, Rafael Sobis e Thiago Neves também tiveram seus momentos de brilho. No gol, Diego Cavalieri passou segurança constantemente. Mas no geral, o grande nome da conquista do 31° título carioca do clube foi Deco. Com habilidade, inteligência e precisão, o apoiador conduziu o Fluminense ao longo das partidas e coroou com a conquista a sua melhor fase desde que chegou às Laranjeiras.
Entre os jogadores, Deco é unanimidade. Ganhou o apelido de Mago. É visto pelos jovens como uma grande referência e tem o respeito total de jogadores mais experientes, como Fred, Rafael Sobis e Thiago Neves. O mesmo acontece com a diretoria e a comissão técnica, que, além de o considerarem peça fundamental dentro de campo, enxergam no meia um elo importante para unir o grupo.
Mas o reconhecimento maior veio por parte dos torcedores. O apelido de Mago dado pelo grupo foi abraçado pela arquibancada e visto em letras garrafais no Engenhão (veja no vídeo acima alguns lances importantes do camisa 20 ao longo do Carioca).
- A torcida tem mais crédito que os demais para falar. Eles acompanham o time, sentem o que acontece, enxergam detalhes, cobram muito... Mas ao mesmo tempo eles reconhecem o seu esforço. E nada é mais gratificante do que receber elogios e ser considerado um craque pela torcida após uma conquista como essa - afirmou Deco, que fez um panorama rápido sobre sua carreira.
Deco é festejado por tricolores na festa do título do Carioca (Foto: André Durão / Globoesporte.com)- Tive a sorte de jogar e me destacar em grandes clubes do futebol mundial. No Porto e no Barcelona consegui minha meta de ser importante. No Chelsea, acabou não sendo assim, muito pelo desejo de retornar ao Brasil. Cheguei em um dos clubes mais importantes do nosso futebol e venho conseguindo o mesmo - enalteceu o meia, que vestiu a camisa tricolor em 60 oportunidades e marcou seis gols.
A alegria pela conquista era imensa e estava estampada no rosto de Deco. Mas o semblante só mudou ao comentar as dores na coxa direita que o tiraram no decorrer do primeiro tempo da decisão contra o Botafogo. Apesar de ainda não descartar presença no primeiro jogo contra o Boca Juniors, na próxima quinta-feira, na Bombonera - mesma postura adotada pelo departamento médico -, o apoiador falou em tom pessimista.
Deco garantiu que o que sentiu não é grave. Mas o histórico de lesões o faz ter certa cautela. Nesta temporada, o apoiador já disputou 19 jogos e vem tendo um alto rendimento em função de um planejamento especial feito pela comissão técnica tricolor, além de um trabalho complementar feito com um profissional de fora do clube. Justamente por saber disso ele não quis se antecipar. Nesta segunda, será reavaliado.
- É difícil falar. Pelo que senti não é grave, mas o jogo já é nesta semana. Tem de saber até que ponto vale a pena e até que ponto é possível se arriscar. A decisão é em dois jogos e de repente pode representar um risco. Existem limites - explicou.
Caso não entre em campo, Wagner é o mais cotado para substituí-lo diante do Boca, na próxima quinta, às 19h45m (de Brasília), na Bombonera. O jogador entrou bem na decisão contra o Botafogo, no último domingo.