O meia Paulo Henrique Ganso teve ótima atuação na vitória por 3 a 0 sobre o Guarani, que deixou o Santos muito perto do tricampeonato paulista. Mas para o técnico Muricy Ramalho, o mais importante do jogo foi o gol marcado pelo meia no primeiro tempo. Quando Neymar caiu pela linha de fundo e cruzou para trás, Ganso estava na entrada da área pronto para arrematar e abrir o placar. Muricy cobra diariamente seu camisa 10 para que ele esteja mais presente na área e arrisque chutes daquela região. Aos poucos, ele consegue fazer seu meia adquirir essa característica.
– Se tem uma coisa que o Ganso precisa melhorar é passar a entrar mais na área e gostar de fazer gols. Ele adora passar a bola, mas um camisa 10 sem gols não é completo. Precisa melhorar isso e gostar de fazer gol. Conversamos muito com ele, e tem feito nos treinamentos.
A disposição tática do Santos faz com que Ganso seja ainda mais cobrado para invadir a área sempre que puder. Como Neymar joga mais aberto pelas pontas, o centroavante costuma ficar isolado – Borges ou Alan Kardec. A presença do camisa 10 mais avançado facilitaria a troca de passes no setor ofensivo, e é isso que Muricy quer ajeitar para deixar a equipe ainda mais perigosa.
– O camisa 10 não pode deixar de entrar na área e fazer gols, senão nosso centroavante fica muito solitário. O Ganso não gosta muito disso, mas tem de fazer. Estou insistindo muito nisso com ele, e por ser alto é ainda mais importante, já que pode ser opção em cruzamentos na área – ressaltou o técnico do Santos.
Os conselhos de Muricy a Ganso não servem apenas para os jogos do Peixe, mas também para as futuras convocações para a Seleção Brasileira. Na visão do técnico, os organizadores que fizeram sucesso pelo Brasil tinham a mesma característica: além de habilidosos e técnicos, sabiam chutar a gol.
– Se ele quer disputar uma Copa do Mundo, é fundamental chutar a gol. A história mostra isso.
O gol de Ganso abriu a goleada do Peixe sobre o Bugre (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)