Um dos momentos mais marcantes das quartas de final do The Ultimate Fighter Brasil - Em busca de campeões foi a discussão entre Daniel Sarafian, peso-médio do time de Vitor Belfort, e Renato "Babalu" Sobral, treinador da equipe de Wanderlei Silva. O vídeo do incidente, que não foi ao ar na televisão, fez sucesso na internet. Sarafian e Babalu se estranharam nos bastidores do programa por conta de comentários do paulista, em conversa com Reneé Forte, sobre um treino com o carioca antes de eles se encontrarem no reality show, tabu no código de honra dos lutadores.
Já em casa, na Califórnia, após o final das gravações, Babalu explicou que o episódio foi consequência de uma série de desentendimentos entre Sarafian e o time azul.
- O Massaranduba tinha perdido, o Sarafian tinha falado mal do Wanderlei... Foi uma sequência de fatos que culminou naquilo. Ainda tinha o confinamento, que é um agravante que fez nós dois ficarmos nervosos. Tem a pressão da luta, da casa. As pessoas acham que, por nós fazermos luta, não esquentamos a cabeça, e é mentira. A gente pode ter um pouco mais de autocontrole, mas a gente esquenta a cabeça e fica nervoso. É um esporte de contato. Não é curling, não é golfe. É um esporte de luta, mas não quer dizer que a gente vai brigar na rua. A gente não é animal, mas também não é pateta - disse o peso-meio-pesado aoGLOBOESPORTE.COM.
Fabrício Werdum, por sua vez, também criou polêmica ao dizer para Sarafian, durante a confusão, de que "na rua, não seria assim". O peso-pesado gaúcho, outro treinador da equipe de Wanderlei, garantiu que não quis dizer que levaria a discussão às vias de fato, mas que usou a expressão para justificar o comportamento do paulista.
- A galera entendeu mal o que eu falei. É que a gente tem o "Manual do Cagalhão" na academia, o manual do cara que está com medo. Acho que ele estava no manual, porque ele estava de machão só porque tinha câmera. A pessoa que sabe que tem gente para separar uma briga, paga de machão. Mas ele não queria fazer aquilo ali. Viu que tinha muita gente e câmera e aproveitou aquela situação. O que eu disse era que, se não tivesse ninguém na frente, ele não seria tão machão. Se estivessem só ele e Babalu, ele ia respeitar. Ele é um guri, começou a treinar ontem. Interpretaram mal - explicou Werdum.
Por ora, o episódio está superado. A não ser que haja, no futuro, um encontro dentro do ringue ou da jaula, não haverá troca de golpes entre os dois.
- Eu perdoei. Está perdoado. Estou fazendo curso de pastor. Eu me formo daqui a dez anos... Perdoar faz bem. Faz parte - afirma Babalu, com uma pitada de ironia.