Tricampeão da Libertadores depois de 48 anos e bicampeão paulista. Os feitos alcançados pelo Santos em 2011 demonstram um desempenho quase perfeito do time - abriu mão do Brasileiro em nome do Mundial de Clubes, perdendo para o Barcelona na decisão. Os títulos e as marcas alcançadas são difíceis de serem batidos até mesmo com Neymar, importante nestas conquistas. Mas os números mostram que há esperança de um 2012 ainda melhor. A julgar pelo início de ano do craque, seu protagonismo no centenário deve ser superior ao da última temporada.
No dourado 2011 do Peixe, Neymar começou tímido. Em 16 partidas e com o Santos já nas fases decisivas do Campeonato Paulista e da Libertadores, o atacante tinha anotado seis gols (média de 0,37). Agora, o desempenho evoluiu de forma assustadora. São 15 gols nos mesmos 16 jogos. Mais do que o dobro de bolas na rede, número que lhe rende a média de 0,93 gols por partida, antes dos mata-matas das duas competições.
O resultado disso é um craque ainda mais fundamental para o time. O atacante é responsável por 29% dos gols do Peixe na temporada (15 dos 51 até o momento), mesmo tendo ficado fora de sete das 23 partidas da equipe. Em 2011, no mesmo período de 23 jogos do Santos, o atacante havia feito quatro dos 45 gols do time - ou seja, autor de 8% das bolas na rede, mas participando de menos jogos: 11. A diferença de partidas pelo Peixe se dá pela disputa do Sul-Americano Sub-20, com a Seleção Brasileira - foi artilheiro e campeão do torneio.
A evolução de Neymar tem compensado o rendimento de Borges. De artilheiro absoluto do Brasileirão de 2011, com 23 gols, ele passou a quarto no ranking dos goleadores do Alvinegro na temporada, ao lado de Ibson, com quatro (Edu Dracena, com cinco, Alan Kardec, com seis, estão à frente, além de Neymar).
No último jogo, no entanto, nem mesmo mais um dos gols de Neymar, o 96º pelo Alvinegro, evitou a derrota por 2 a 1 diante do São Caetano.
Em outras partidas, por outro lado, o camisa 11 marcou mais de um gol e comandou as vitórias do Peixe diante de Ponte Preta (6 a 1, com dois dele), Botafogo (4 a 1, com três dele), Internacional (3 a 0, com todos dele) e Guaratinguetá (5 a 0, com três dele).
Mantendo o ritmo atual, além de virar o maior artilheiro do Peixe após a era Pelé (está a nove gols do feito, atrás de Serginho Chulapa e João Paulo, com 104 cada), Neymar pode tornar o centenário alvinegro ainda mais inesquecível para o torcedor.